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Companhias aéreas restringem uso de power banks a bordo: entenda a nova regra

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Viajar de avião exige atenção redobrada às regras de bagagem e de segurança. Além das tradicionais restrições de líquidos, agora surge mais uma medida importante: as companhias aéreas estão proibindo o uso de baterias portáteis (power banks) durante os voos. A norma tem gerado dúvidas entre passageiros que dependem desses dispositivos para manter celulares, tablets e notebooks carregados em longas jornadas.

Por que os power banks preocupam tanto?

O ponto central está no lítio, material presente nas baterias recarregáveis. Apesar de muito eficiente para armazenar energia, o lítio é também altamente instável. Em situações de superaquecimento ou curto-circuito, pode causar incêndios de difícil controle. Dentro de uma aeronave, qualquer foco de fogo é um risco grave à segurança de todos.

Casos de incidentes relacionados a baterias de lítio já foram registrados em diversos países, incluindo situações em que dispositivos pegaram fogo na cabine. Embora raros, esses episódios levaram autoridades internacionais de aviação a adotar uma postura preventiva, preferindo restringir o uso em vez de correr riscos.

Como a regra funciona na prática

As companhias aéreas não estão proibindo o embarque de power banks, mas sim o uso deles durante o voo. O passageiro pode levar sua bateria portátil, desde que:

  • esteja na bagagem de mão (nunca na bagagem despachada);
  • permaneça desligada e guardada durante todo o voo;
  • atenda ao limite de capacidade imposto por cada companhia (algumas solicitam que o passageiro declare a potência da bateria, especialmente em voos internacionais).

Na prática, isso significa que não será mais permitido conectar o celular ou notebook ao carregador portátil enquanto a aeronave estiver no ar.

Tendência internacional

A medida segue recomendações da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) e da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo). Companhias como Emirates, KLM, TAP e Azul já anunciaram a restrição, e a expectativa é que outras empresas globais sigam o mesmo caminho.

Essa mudança se soma a outras restrições envolvendo baterias de lítio. Por exemplo, desde 2016, a FedEx e a UPS impõem regras rígidas para o transporte desse tipo de material em carga aérea, justamente pelo risco de incêndio. Agora, a norma chega com força ao universo dos passageiros comuns.

O que o passageiro deve fazer?

A regra pode parecer inconveniente, mas há alternativas práticas para lidar com a nova situação:

  1. Carregue seus dispositivos antes de embarcar: a maioria dos aeroportos já oferece estações de recarga gratuitas ou pagas, muitas delas em áreas de embarque.
  2. Use o modo avião inteligente: além de economizar bateria, ajuda a ter uma experiência mais tranquila. Diminua o brilho da tela, feche aplicativos em segundo plano e aproveite para descansar.
  3. Leve adaptadores: em voos internacionais, é comum que cada aeronave tenha tomadas ou entradas USB no assento. Certifique-se de ter o adaptador correto para não depender do power bank.
  4. Priorize o essencial: durante o voo, use os dispositivos apenas quando necessário. Essa disciplina pode fazer a carga durar até o destino.

Impacto para o viajante moderno

Vivemos em um momento em que estar conectado parece indispensável. Muitos passageiros aproveitam as horas de voo para trabalhar, assistir a séries em plataformas de streaming ou simplesmente registrar a viagem. Por isso, a restrição pode causar estranhamento.

No entanto, também há um lado positivo: a medida pode estimular um novo tipo de experiência em viagem aérea, valorizando o descanso e o detox digital. O tempo a bordo pode ser usado para ler um livro, refletir ou simplesmente observar a paisagem — algo cada vez mais raro na rotina hiperconectada.

O que acontece se a regra for ignorada?

Cada companhia aérea pode adotar medidas próprias em caso de descumprimento. Em geral, os comissários solicitam que o dispositivo seja desligado imediatamente. Mas, em situações mais graves, o passageiro pode receber uma advertência formal e até multa, dependendo da legislação do país de origem ou destino.

O ponto principal é que o passageiro não deve tentar esconder o uso do power bank. As tripulações estão treinadas para identificar equipamentos conectados e a regra existe para garantir a segurança coletiva.

O que essa mudança representa para o futuro das viagens

O banimento do uso de power banks durante os voos é mais um exemplo de como a aviação equilibra inovação e segurança. Embora a mudança possa gerar certa frustração para quem depende do carregador portátil, o contexto mostra que a prioridade é proteger todos a bordo.

Viajar, afinal, é também aprender a se adaptar. Ao invés de encarar a restrição como um incômodo, vale aproveitá-la como oportunidade: planejar melhor a bagagem, carregar os dispositivos nos aeroportos e, quem sabe, redescobrir o valor de algumas horas desconectado entre o embarque e o desembarque.

Imagem destacada: Markus Winkler

Dona Arquiteta (redação)

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