Aquátis
Endereço: Route de Berne, nº 144 — Lausanne — Vaud — Suíça.
Perfil do instagram: @aquatis.lausanne
Horários: de domingo à segunda, das 10h às 18h
O complexo Aquátis contempla o maior aquário de água doce da Europa e, além de um grande desafio de engenharia, é um marco suíço pela educação e preservação do meio ambiente.
Desenvolvido através de uma parceria público privado, o Aquátis foi desenvolvido a pedido do Parque Científico Biopôle. A organização sem fins lucrativos é conhecida na Suíça pelo seu pesado incentivo em iniciativas pelas ciências da vida.
O projeto tem assinatura da Richter Dahl Rocha (RDR), fundada em 1993 pelos arquitetos Jacques Richter e Ignacio Dahl Rocha. Liderados por Kenneth Ross e Christian Leibbrandt, os times de projetos arquitetônicos estão presentes tanto em Lausanne quanto em Buenos Aires.
O projeto foi concluído em 2017. Nele, a RDR teve o desafio de desenvolver um espaço para exposição e preservação não apenas de espécimes aquáticos, mas também de mamíferos e répteis dos cinco continentes.
Aquátis é um complexo formado por três estruturas. Duas visíveis são o aquário e o hotel. Os dois principais edifícios foram construídos sobre um grande estacionamento de 1200 vagas que se conecta à linha M2 do metrô de Lausanne.
O aquário também funciona como viveiro de diversas espécies e ambientes incomuns aos suiços. Sua construção toma uma forma circular, estratégia da RDR para manifestar na arquitetura o propósito educativo do local.
Já o hotel tem uma forma em “L” e compreende diversas áreas. Além das 143 acomodações 3 estrelas, o hotel Aquátis engloba o restaurante Le Piranha e inúmeras salas de conferência.
A arquitetura já impressiona no lado externo. Respeitando a passagem do tempo, as fachadas se adaptam às cores ao redor. O efeito se acumula com o espelhamento gerado pela piscina rasa entre os dois edifícios principais.
Foram instalados 100 mil discos de alumínio flexíveis na fachada do Aquário, que se movimentam conforme o vento e simulam as escamas de um peixe.
O hotel conta com uma estratégia de espelhamento parecida com a do Aquário. Na fachada, se estende de ponta a ponta o uso de vidro serigrafado cujo efeito se acumula ao do conjunto. O resultado é uma continuidade do horizonte.
No primeiro nível do Aquátis encontram-se os espaços dedicados aos peixes e seres de água doce. Um forte destaque é dado ao ecossistema aquático do rio Ródano (Rhone), que percorre Suíça e França. Geleiras cenográficas e jogos de luzes fortalecem a experiência do visitante.
No segundo nível, espaços totalmente preenchidos por água dão espaço para galeras mistas. Algumas delas permitem interação dos visitantes. Os ecossistemas apresentados são os lagos africanos, os manguezais asiáticos e os corais da Oceania.
Destacam-se aqui a possibilidade de ver suricatos brincalhões e o feroz Dragão-de-Komodo.
O terceiro nível é alcançado através de uma claraboia que leva aos ecossistemas tropicais, em especial ao da Amazônia. Os visitantes têm acesso a uma passarela suspensa de madeira, por onde podem observar livremente a fauna e a flora. Aqui, micos-leões-dourados saltam de um lado a outro.
O Aquátis Aquarium-Vivarium (seu nome oficial) é um grande centro educacional. Além das galerias, diversas atividades são oferecidas aos estudantes para entender melhor dos ecossistemas ameaçados.
Ferramentas de Design Informativo e Interativo se unem com a arquitetura interna, fazendo uso inteligente de recursos cenográficos. O resultado é uma imersão que educa.
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Todos os níveis do Aquátis fazem uso de recursos cenográficos, audiovisuais e telas de interação.
A cenografia é uma etapa que foi trabalhada pela francesa La société Atelier Artistique du Béton (AAB), experiente na criação de ambientes para aquários e zoológicos com uso de concreto planejado.
Não raro, o interior faz uso do mesmo efeito de seu exterior: maquetes instaladas no teto refletem no piso espelhado uma imagem precisa de ambientes típicos do ecossistema em questão.
Além disso, o Aquátis tem um enorme papel na preservação de muitas das espécies expostas à visitação.
É importante destacar alguns números: são 20 ecossistemas, 100 répteis (de cinco continentes) e 10 mil peixes distribuídos em 50 piscinas que variam de volume entre 1.000 litros e 1.000.000 de litros de água.
A maior das piscinas tem 9,5 metros de altura, separada dos visitantes por um acrílico com 18 cm de espessura e 12 toneladas de peso.
O projeto foi construído buscando o uso racional e baixo de energia. Essa decisão afetou na escolha dos materiais, em especial aqueles que envolvem a camada externa dos edifícios.
O sistema de resfriamento, interligado entre os edifícios, utiliza fluídos em temperatura neutra que não agridem o meio ambiente. Mesmo em relação à eletricidade utilizada, o projeto é sustentável.
A eletricidade é fornecida pela Services Industriels de la Ville de Lausanne (SiL), uma empresa local que utiliza a incineração de lixo — sem emissão de gases tóxicos — como fonte de energia.
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Para quem visita e tem fome, o Aquátis tem um restaurante interno. Chamado de Le Piranha, oferece opções rápidas e práticas para os visitantes.
O Aquátis é um aquário único, até mesmo para os padrões Europeus. A capacidade de ensinar sobre a importância e variedade das espécies ameaçadas de extinção é enorme.
Com atrações para o dia todo e de fácil acesso por metrô ou carro, recomendo uma visita – principalmente se acompanhado de crianças!
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referências
*Atenção: Preços tomam como base a data de redação deste conteúdo. Podem sofrer alterações a qualquer momento e sem aviso prévio.
Site oficial
Archdaily
RDR
La société Atelier Artistique du Béton (AAB)
Autor Fernando França
Formado em Gestão Empresarial, apaixonado por Design, escritor por vocação. Fernando tem mais de 7 anos de experiência gerenciando e desenvolvendo negócios na área de Gastronomia. Eterno pesquisador de tendências, devora informações sobre projetos que unem estética, função, empatia e sustentabilidade. Veio ao projeto Dona Arquiteta para contribuir com o que pode haver de melhor sobre o assunto.
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