Tóquio

Kengo Kuma: da ‘arquitetura de derrota’ à transformação urbana de Tóquio

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Em meio à tendência global da arquitetura hostil, conheça a obra revolucionária de Kengo Kuma em Tóquio: projetos que provam como espaços urbanos podem ser gentis, naturais e profundamente humanos.

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A relevância de Kengo Kuma

Recentemente, tenho lido muitas notícias1 desse verdadeiro jogo de esquivas que vem se tornando o crescimento da arquitetura hostil nas cidades. O setor privado joga nas costas das falhas de gestão das prefeituras e as prefeituras devolvem com a lei debaixo do braço, prometendo fiscalizações.

No fim, ainda é um grande problema em grandes centros urbanos como São Paulo.

A arquitetura Hostil, caso não saiba, é aquela que planeja espaços que são inimigas da socialização. E não são assim por acaso ou simples maldade — não em parte — mas é a estratégia que muitas empresas (e até governos) usam para lidar com os problemas típicos da coletividade: brigas, barulhos, mendigagem, tráfico e acúmulo de lixo.

Tipico modelo de banco que expressa o conceito de arquitetura hostil | Foto: recraft.ai (reprodução)

Mas é aquele tipo de solução que costuma causar mais problemas do que resolve. Entre eles, estão a criação de espaços que:

  • desumanizam pessoas em situação de rua;
  • se tornam completamente inacessíveis para pessoas com deficiência;
  • elimina os poucos espaços de convivência e descanso em meio ao caos urbano de grandes cidades;
  • causam uma péssima impressão estética, o que afeta diretamente o turismo local;
  • afetam diretamente a psiquê das pessoas que transitam por estes espaços.

Este impacto psíquico sobre as pessoas vem (principalmente) do fato da arquitetura hostil surgir com frequência junto à eliminação de espaços verdes, substituídos pela frieza do concreto e aço2.

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