Kengo Kuma: da ‘arquitetura de derrota’ à transformação urbana de Tóquio
Tóquio

Kengo Kuma: da ‘arquitetura de derrota’ à transformação urbana de Tóquio

Escrito por Fernando França | Publicado em:
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Em meio à tendência global da arquitetura hostil, conheça a obra revolucionária de Kengo Kuma em Tóquio: projetos que provam como espaços urbanos podem ser gentis, naturais e profundamente humanos.

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A relevância de Kengo Kuma

Recentemente, tenho lido muitas notícias1 desse verdadeiro jogo de esquivas que vem se tornando o crescimento da arquitetura hostil nas cidades. O setor privado joga nas costas das falhas de gestão das prefeituras e as prefeituras devolvem com a lei debaixo do braço, prometendo fiscalizações.

No fim, ainda é um grande problema em grandes centros urbanos como São Paulo.

A arquitetura Hostil, caso não saiba, é aquela que planeja espaços que são inimigas da socialização. E não são assim por acaso ou simples maldade — não em parte — mas é a estratégia que muitas empresas (e até governos) usam para lidar com os problemas típicos da coletividade: brigas, barulhos, mendigagem, tráfico e acúmulo de lixo.

Banco de aço em cidade, que representa a arquitetura hostil
Tipico modelo de banco que expressa o conceito de arquitetura hostil | Foto: recraft.ai (reprodução)

Mas é aquele tipo de solução que costuma causar mais problemas do que resolve. Entre eles, estão a criação de espaços que:

  • desumanizam pessoas em situação de rua;
  • se tornam completamente inacessíveis para pessoas com deficiência;
  • elimina os poucos espaços de convivência e descanso em meio ao caos urbano de grandes cidades;
  • causam uma péssima impressão estética, o que afeta diretamente o turismo local;
  • afetam diretamente a psiquê das pessoas que transitam por estes espaços.

Este impacto psíquico sobre as pessoas vem (principalmente) do fato da arquitetura hostil surgir com frequência junto à eliminação de espaços verdes, substituídos pela frieza do concreto e aço2.

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Numa pesquisa rápida por outros países que também se perceberam em guerra com a arquitetura hostil, descobri este texto de Jay Allen para a Unseen-Japan3, onde ele faz registros de como a arquitetura hostil vem dominando até mesmo regiões pacatas do país. Inclusive com absurdos como o bloqueio parcial de bancos públicos com cones e barras de aço para impedir acúmulo de lixo nos arredores — e sim, havia uma plaquinha para explicar.

A arquitetura hostil é uma resposta rápida, e por isso capenga, para problemas urbanos difíceis de manejar. Há arquitetos que já estavam indo na contramão deste movimento muito antes do termo cair nos noticiários. Entre eles, o renomado arquiteto Kengo Kuma.

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O arquiteto japonês já deu inúmeras entrevistas em que destaca como considera que cidades feitas somente de concreto e aço, que ignoram o convívio e o entorno, adoecem pessoas. E essa opinião está no centro das principais ideias e escolhas de materiais que tornaram seus projetos instalados em Tóquio tão impactantes.

Nesta matéria, te apresento quem é este mestre da arquitetura e alguns de seus projetos que — além de serem todos visitáveis — demonstram como ele defende as tradições japonesas e a integração das pessoas com a natureza em suas obras.

Boa leitura!

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A base de Kengo Kuma

Kengo Kuma, arquiteto japones responsável por diversas obras que revolucionam o urbanismo pelo planeta
O arquiteto Kengo Kuma | Foto: Strelka Institute for Media, Architecture and Design (reprodução)

Kengo Kuma nasceu em 1954 na cidade de Yokohama. Sua juventude foi muito influenciada por obras monumentais em aço e concreto, como a o Estádio Nacional de Yoyogi — construído para os jogos olímpicos de 1964 pelo mestre arquiteto Kenzo Tange.

Mas foi em meio à vertigem econômica, fruto de uma crise imobiliária que dominou o Japão nos anos 19904, que Kengo Kuma se encontrou. De acordo com o próprio, ele despertou para uma nova forma de pensar a arquitetura.

Foi um momento de crise profunda. Kuma embarcou então em uma jornada pelo interior do Japão, que transformaria para sempre sua visão arquitetônica.

Nas pequenas vilas e cidades remotas, ele redescobriu a sabedoria ancestral da arquitetura vernacular japonesa: construções que dialogavam gentilmente com a natureza, utilizando materiais locais e técnicas artesanais centenárias.

No passado, eu realmente não gostava muito de arquitetura tradicional. Ela “cheirava a velho”, como dizemos no Japão. Então, na década de 1990, a bolha econômica estourou e o investimento em projetos arquitetônicos nas grandes cidades de repente secou. Então, voltei minha atenção para pequenas cidades e o campo e redescobri o charme da tradição. Foi quando percebi que o passado era o novo futuro e eu tinha que mudar minha abordagem nessa direção. 

Kengo Kuma, em entrevista para Zoom Japon Magazine

Esse período de reflexão e reconexão com as raízes culturais japonesas foram as sementes de sua filosofia.

Em contraste direto com a arquitetura hostil que já começava a dominar as grandes cidades — marcada por superfícies associais e espaços excludentes — Kuma desenvolveu uma abordagem baseada no que ele chama de “arquitetura de derrota”5.

Seus projetos passaram então a dissolver as fronteiras entre a construção e natureza. Para isso, faz uso de materiais naturais como madeira, bambu e pedra para criar espaços que abraçam.

Obra de fachada do instituto Japan House em São Paulo projetado pelo arquiteto Kengo Kuma
Fachada da Japan House de São Paulo, projetada pelo arquiteto Kengo Kuma | Foto: Japan House SP (reprodução)

Esta transformação pessoal resultou em uma metodologia que prioriza a escala humana e a conexão com o lugar. Cada projeto de Kuma parte de um diálogo profundo com o contexto local, suas tradições e materiais disponíveis, criando arquiteturas que parecem emergir naturalmente da paisagem. É uma resposta poética e prática aos excessos da era da globalização, provando que é possível construir com gentileza em um mundo cada vez mais hostil.

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Porque conhecer os projetos de Kengo Kuma em um tour em Tóquio

Percorrer os projetos de Kengo Kuma na capital japonesa oferece uma experiência imersiva da sua filosofia em ação.

Seus edifícios são pontos dessa narrativa que revela como a arquitetura contemporânea pode (e deve) buscar harmonia entre tradição e inovação no tecido urbano, e denso, de uma metrópole.

Através de seus projetos, percebemos como materiais naturais transformam a paisagem urbana, formando momentos de respiro e conexão. Podemos considera-los pequenos oásis de pausa e à contemplação, demonstrando na prática como a arquitetura pode humanizar espaços urbanos.

Além disso, um tour por suas obras permite compreender como princípios tradicionais japoneses são reinterpretados para resolver desafios contemporâneos. Da manipulação da luz natural à integração com a vegetação, são lições valiosas sobre design sensível ao contexto. Principalmente se você tem interesse em entender como o conceito de “Ma” japonês6 pode ser aplicado à urbanidade.

Essa jornada arquitetônica também revela como Tóquio, apesar de sua modernidade frenética, ainda mantém espaços para uma arquitetura que prioriza a gentileza e o bem-estar humano, servindo de inspiração para repensar o futuro das cidades globais.

Centro de Turismo Cultural de Asakusa

Asakusa Culture Tourist Information Center, uma das principais obras visitáveis de Kengo Kuma em Tóquio
O Asakusa Culture Tourist Information Center, projetado por Kengo Kuma | Foto: Takeshi Yamagishi (reprodução)

O Asakusa Culture Tourist Information Center está localizado em um dos bairros mais tradicionais da cidade, diante do histórico templo Sensō-ji. O edifício de Kengo Kuma reinterpreta a arquitetura tradicional japonesa de uma maneira contemporânea, mas acolhedora.

A estrutura de oito andares se inspira nos telhados escalonados das machiya (antigas casas de comerciantes japoneses). Mas claro, com o toque da adversidade: cada pavimento é levemente deslocado e angulado, criando uma dança visual que convida o olhar a percorrer toda a fachada, enquanto conversa em escala com os edifícios históricos do entorno.

A madeira — material símbolo da arquitetura tradicional japonesa — envolve todo o edifício. As vigas expostas cumprem função estrutural e produzem um jogo de luz e sombra que muda ao longo do dia, oferecendo diferentes experiências para quem visita.

Por dentro, encontramos um hub cultural. O terraço no último pavimento emoldura a visão do templo Sensō-ji e da Tokyo Skytree. Nos demais andares, espaços são fluidos e multifuncionais incluem áreas de exposição, cafeteria, espaços de descanso e pontos de informação turística, todos organizados de forma a promover encontros casuais e trocas culturais.

Onde fica: 2-18-9 Kaminarimon, Taito City — Tóquio

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Takanawa Gateway Station

Estação Takanawa Gateway, projetada pelo arquiteto Kengo Kuma e inaugurada em 2020
Foto: Kengo Kuma Associates (divulgação)

A Estação Takanawa Gateway foi inaugurada em 2020 e apresenta a visão de Kengo Kuma para infraestruturas de transporte. Humanizadas, desafiam a típica frieza das estações ferroviárias modernas.

Há uma acolhedora cobertura em estilo origami que dança com a luz natural. O teto ondulante, inspirado nas dobraduras de papel japonesas, foi feito a partir de painéis de cedro dispostos em padrões geométricos que filtram a luminosidade, criando um jogo dinâmico de luz e sombra ao longo do dia.

Nos espaços internos, materiais naturais suavizam a experiência da pressa cotidiana. A estação também reserva áreas de descanso estrategicamente posicionadas para contemplação. Outro aspecto interessante é que este é apenas o primeiro projeto de Kengo Kuma nos arredores, já que o arquiteto será responsável pelo projeto de revitalização de todo o entorno de Takanawa7.

Onde fica: 2 Konan, Minato — Tóquio

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Museu Nezu

Visão externa do museu Nezu, fotografia de Fujitsuka Mitsumasa, projeto de Kengo Kuma And Associates
Museu Nezu (inaugurado em 2009), projeto de Kengo Kuma | Foto: Fujitsuka Mitsumasa (reprodução)

O Museu Nezu representa talvez a expressão mais poética da “arquitetura de desaparecimento” de Kengo Kuma. Reinaugurado em 2009, o projeto dissolve as fronteiras entre natureza e espaço construído, criando uma experiência onde arte, arquitetura e paisagem se entrelaçam de maneira fluida.

Em vez de impor um volume único e dominante, Kuma fragmentou o museu em uma série de pavilhões baixos que parecem emergir organicamente do jardim histórico. As coberturas são revestidas com telhas de cobre que, ao envelhecerem, desenvolvem uma pátina esverdeada que dialoga com a vegetação circundante. O telhado em camadas cria uma gradação suave entre céu e terra, enquanto telas de bambu filtram a luz natural, produzindo uma atmosfera contemplativa nos espaços expositivos.

O museu preserva cuidadosamente o jardim centenário, incorporando-o como parte vital da experiência. Os caminhos serpenteantes entre os pavilhões revelam gradualmente casas de chá históricas, espelhos d’água e uma vegetação exuberante, transformando a visita em uma jornada meditativa através do tempo e do espaço.

Local: 6-5-1 Minamiaoyama, Minato — Tóquio

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Starbucks Reserve

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A filial da Starbucks Reserve Roastery de Tóquio, por Kengo Kuma | Foto: Starbucks Reserve (divulgação)

No bairro de Nakameguro, Kengo Kuma transformou a experiência do café em uma celebração da artesania japonesa. O Starbucks Reserve Roastery de Tóquio emerge às margens do rio como uma fusão harmoniosa entre tradição e contemporaneidade, onde a cultura do café encontra o refinamento da carpintaria tradicional japonesa.

A fachada de quatro andares é envolvida por um intrincado padrão de vigas de madeira entrelaçadas – mais de 2.000 peças meticulosamente montadas como um quebra-cabeça tridimensional. Esta pele orgânica filtra a luz natural e cria uma sensação de movimento que dialoga com o fluir das águas do rio Meguro adjacente.

Internamente, o espaço se desdobra como uma jornada sensorial, onde escadas em espiral conectam diferentes ambientes de torra, degustação e contemplação. A madeira, onipresente mas nunca repetitiva, surge em diferentes texturas e padrões, criando uma atmosfera que equilibra a energia de uma casa de café contemporânea com a serenidade dos espaços tradicionais japoneses. É um exercício de como espaços comerciais podem transcender sua função primária para se tornarem lugares de conexão cultural genuína.

Onde fica: 2-19-23 Aobadai, Meguro — Tóquio

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Suntory Museum of Art

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Suntory Museum of Art | Foto: Kengo Kuma and Associates (reprodução)

No coração do distrito de Akasaka, o Suntory Museum of Art é um edifício monumental, ainda que traduza a leveza da sensibilidade artística japonesa. O projeto de Kengo Kuma reinterpretou o conceito de “wa” (harmonia em japonês8) através de uma composição que celebra as nuances do artesanato tradicional.

A fachada do museu é revestida por um padrão de ripas verticais em titânio e alumínio que evoca a textura delicada dos biombos japoneses. Este envoltório metálico, aparentemente sólido, revela sua natureza mutável ao longo do dia: conforme a luz muda, a superfície do edifício parece pulsar e se transformar, criando um diálogo constante com o céu de Tóquio.

Internamente, Kuma criou uma sequência de espaços que honram o conceito de “ma” – o intervalo significativo entre as coisas. As galerias são organizadas como uma jornada contemplativa, onde a luz natural é cuidadosamente filtrada e modulada, criando ambientes ideais para a apreciação das delicadas obras de arte japonesa. É um museu que ensina através de sua própria materialidade.

Onde fica: 9-7-4 Akasaka, Minato — Tóquio

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Os banheiros públicos de Tóquio: poesia no cotidiano

No filme “Perfect Days” de Wim Wenders, o protagonista Hirayama nos guia por uma jornada contemplativa através dos banheiros públicos de Tóquio, incluindo a notável criação de Kengo Kuma no Parque Nabeshima Shoto.

O, que parte de uma iniciativa maior da Fundação Nippon para transformar instalações sanitárias em marcos arquitetônicos, revela como até os espaços mais utilitários podem ser revolucionados através do design sensível.

A contribuição de Kuma, poeticamente chamada de “Um Passeio na Floresta”, transcende sua função básica para criar uma experiência quase meditativa. Cinco cabanas independentes, envolvidas por venezianas de cedro dispostas em ângulos sutilmente aleatórios, emergem organicamente entre a vegetação do parque. Uma trilha sinuosa conecta estas estruturas, cada uma projetada para atender diferentes necessidades – desde cuidados infantis até acessibilidade universal.

É uma demonstração da arquitetura como ferramenta de dignificação do cotidiano.

Onde fica o Nabeshima Shoto Park: 2-10-7 Shoto, Shibuya — Tóquio

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Árvores de Natal que viram móveis: demonstração de sustentabilidade mesmo na arte efêmera através de Kengo Kuma

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Em uma expressão notável de sua visão contemporânea, Kengo Kuma reimaginou o conceito tradicional da árvore de Natal através de duas instalações extraordinárias nos hotéis Edition de Tóquio. As obras, nomeadas “Kigumi” (Madeira Entrelaçada) e “Komorebi” (Luz através das Folhas), transcendem a efemeridade típica das decorações natalinas.

Cada árvore é uma composição de madeiras nobres japonesas (incluindo carvalho, nogueira e bordo) que, após o período festivo, ganharão nova vida como peças de mobiliário exclusivas9. Esta abordagem circular reflete o compromisso do arquiteto em criar ciclos sustentáveis de uso e reuso dos materiais naturais.

De acordo com a equipe, a instalação Kigumi, com seus acabamentos metálicos em prata e bronze, expresa a sofisticação urbana de Ginza, enquanto Komorebi, com seus elementos circulares, celebra a serenidade das florestas japonesas.

São mais que decorações sazonais: representam um manifesto tridimensional sobre como o design pode harmonizar tradição, inovação e responsabilidade ambiental em objetos de contemplação e uso cotidiano.

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Descubra Tóquio

Que tal ver com seus próprios olhos como a arquitetura pode transformar a experiência urbana? Os projetos de Kengo Kuma em Tóquio são convites para repensar nossa relação com os espaços que habitamos.

Ao explorar cada um desses lugares, pequenos detalhes fazem toda diferença: o jogo de luz através da madeira, o encontro harmonioso entre construção e natureza, os cantos que convidam para uma pausa no meio da correria.

São experiências que nos fazem questionar: que tipo de cidade queremos construir juntos?

O que você pensa sobre isso? Comenta aqui embaixo!

Esperamos que essa experiência desperte seu olhar para os espaços da sua própria cidade. Afinal, construir lugares mais gentis e humanos começa com a maneira como observamos e vivenciamos o ambiente ao nosso redor.


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  1. O assunto entrou muito em pauta no Brasil por conta das aquecidas discussões sobre o uso da arquitetura hostil como combate ao crescente número de moradores de rua em São Paulo, que culminaram na criação da lei Padre Júlio Lancelotti no final de 2023. Mas o problema é histórico e esse artigo de Sarah Schindler mapeia como ela já foi usada para discriminar tantos tipos de pessoas no passado. ↩︎
  2. Aqui faço uma ressalva: há arquitetos renomados, como Tadao Ando, que conseguem usar a combinação concreto & aço de maneira sublime. Inclusive, potencializando a experiência com a paisagem (como em seus projetos em Benesse Art Site Naoshima) ou com a própria arte (como na rotunda que planejou para o museu Bourse de Commerce da coleção Pinault de Paris). Mas convenhamos: é raro. ↩︎
  3. ´Bad Benches: Shinjuku Uses Hostile Architecture Against Street Drinking’, por Jay Allen para a Unseen Japan. ↩︎
  4. Ainda é debatido os motivos desta crise, por vezes associada à especulação imobiliária e por outras ao envelhecimento da própria população japonesa em meio ao crescimento econômico chines. Esse artigo de Clay Halton para a Investopia ajuda a entender melhor o tema (em inglês). ↩︎
  5. O termo é explorado em um de seus recentes livros, chamado “Architecture of Defeat” (2019) e bem explicado neste artigo da arquiteta Evangelin Vergis para a Re-Thinking The Future. ↩︎
  6. Ma pode ser entendido como “vazio”, mas não no conceito literal ocidental. Mais como um espaço entre movimentos. Sobre isso, recomendo muitíssimo ver este video onde Max Valarezo (do canal Entre Planos) faz uma análise da aplicação do Ma nos filmes de animação do diretor japonês Hayao Miyazaki. ↩︎
  7. Saiba mais sobre este projeto nesta matéria da Time Out Tokyo ↩︎
  8. Na realidade o significado de Wa é um pouco mais complexo e envolve a prática de priorizar o coletivo em detrimento do individual. Dessa forma, encontrando harmonia com o seu redor. Este pequeno resumo da Japan House ajuda a entender melhor o conceito e este artigo bem interessante da Culturallyours explica melhor como o conceito de Wa está incrustrado na cultura dos habitantes de Tóquio. ↩︎
  9. No site oficial da Edition Hotels, você pode conferir a transformação da árvore de natal em móveis. ↩︎
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referências

*Atenção: Preços tomam como base a data de redação deste conteúdo. Podem sofrer alterações a qualquer momento e sem aviso prévio.

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