MOUA
Endereço: Flinders Street, nº 340 — Townsville — Austrália.
Instagram: @moua_museum_of_underwater_art
Horários: de segunda à sexta, das 08h às 18h
A Grande Barreira de Corais abriga o novo museu subaquático do hemisfério sul. Localizado na Austrália, o projeto visa restaurar a vida marinha, educar os locais e visitantes e ainda preservar a história do local.

O MOUA (Museum Of UnderWater Art), em Queensland, Austrália, reconhece o mar em que eles trabalham como um meio de grande importância da região. “Reconhecemos sua conexão contínua com a terra, as águas e a cultura. Prestamos nossos respeitos aos seus anciões do passado, presente e emergente, e a toda vida marinha da Grande Barreira de Corais”, diz a página do Museu.
O Museu de Arte Subaquática é um ativo global significativo para Queensland, parte norte do país, por atuar como o conservador e restaurador dos recifes em escala global. O MOUA oferece uma plataforma contemporânea para compartilhar as histórias do recife e a cultura do povo, assim como também iniciar um diálogo entre o mar e a população.
A visão do museu é de proporcionar uma experiência subaquática que inspire conversas nos recifes, alcançar resultados ambientais positivos e envolver a comunidade nas histórias culturais da terra e do mar. “As obras em Queensland são projetadas para serem instigantes e colocar a saúde da Grande Barreira de Corais em primeiro plano na mente de todos que vêem ao MOUA”.
O projeto também tem como ideal o benefício econômico às comunidades e à economia local, desenvolvendo assim, o turismo na região. O MOUA estima mais de 50.000 visitantes para a região de Queensland, impulsionando assim as empresas locais.
Com isso, o museu geraria oportunidades de emprego para a região, além de treinamento e educação cultural para o povo de Queensland. O museu ainda envolveria a comunidade indígena para a narração da história cultural da região da Austrália, e a conexão indígena com o recife, terra e o mar.
O MOUA oferece uma oportunidade real para que nossa cultura seja compartilhada, celebrada e valorizada de uma forma que as gerações, antes e depois de nós, possam se orgulhar. Acho muito importante envolver mais indígenas no cuidado e na gestão da terra e do mar. Os povos das Primeiras Nações têm feito isso por milhares de anos […].
DISSE COURTNEY E SAYLOR, APOIADORAS DO MOUA

Criado em 2016 a partir de uma ideia forjada pelos cientistas marinhos Adam Smith e Paul Marshall, em parceria com o especialista em turismo, Paul Victory, o museu nasceu como forma de reconciliação com o meio ambiente.
O museu visa ressaltar a importância dos oceanos e recifes para o mundo e localmente. Como Paul Victory possui um histórico de serviços de turismo e lazer na Austrália, além de ser defensor do turismo marinho, o museu surgiu da união das suas experiências.
Dessa maneira, as esculturas foram concebidas pelo escultor mundialmente famoso, Jason deCaires Taylor. Jason é o escultor subaquático mais famoso atualmente, sendo ele o responsável por artes subaquáticas ao redor do mundo, assim como o Museu Submarino De Cancún.
Jason foi um dos primeiros artistas da nova geração a mergulhar no reino subaquático e destacá-lo como um espaço de exibição artística. Seus trabalhos subaquáticos permanentes abrangem vários continentes e exploram temas de conservação e ativismo ambiental.
DIZ MOUA SOBRE JASON TAYLOR
Portanto, sendo um ambientalista de coração, os projetos de Jason deCaires propõe abrir o debate sobre a relação das pessoas com os mares e assim destacar a importância de conservá-los. Ele acredita que estar embaixo d’água é uma experiência profundamente pessoal e libertadora e, através de seu trabalho, Jason espera inaugurar uma nova forma de turismo com consciência cultural e ambiental.


O museu vai contar com quatro exposições na extensão da Grande Barreira de Corais no Norte de Austrália, o Palm Island, Coral Greenhouse, Ocean Siren e Magnetic Island. Duas instalações já estão finalizadas e abertas para a visitação, as outras duas estão previstas para 2021.
Inaugurada em agosto de 2020, a Coral Greenhouse (estufa de coral) é a maior instalação do MOUA. Dessa maneira, essa foi a primeira construção do museu que visa oferecer oportunidades para cientistas, estudantes marinhos e turistas se engajarem no aprendizado e pesquisas acerca dos corais.
Feito de aço inoxidável e pesando mais de 58 toneladas, a Greenhouse está repleta de “guardiões”. São 20 guardiões ao todo, e eles representam o futuro, presente e passado da região, como sempre protegendo os corais.
O Ocean Siren inaugurou em dezembro de 2019 e sua escultura movida à luz energia solar traz como aviso o aquecimento das águas. Assim, a silhueta da jovem indígena mudará de cor, através de luz de LED, de acordo com as mudanças de temperatura do oceano.
Já a Palm Island e a Magnetic Island, estão previstas para junho e dezembro de 2021. A Palm Island contará com instalações que ligue a história cultural da ilha relacionando com o mar, a terra, e a população nativa do local. E, a Magnetic Island é uma ilha perfeita para um retiro e que visa contar a história de ciência do recife.
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referências
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