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Rabot Hotel
Endereço: Rabot Estate — Soufriere — Santa Lúcia — Caribe.
Preço: a partir de US$ 644,00*
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SOUFRIÈRE, SANTA LÚCIA — Dois chocolatiers britânicos decidiram assumir o desafio de ir às origens da matéria prima. Para isso, compraram uma enorme propriedade e passaram a produzir o próprio cacau, criando uma rede de comércio e mudando o cenário econômico da ilha. Em 2020, um novo passo é dado pela dupla: inauguram o primeiro hotel caribenho dedicado ao ingrediente.
O Rabot Hotel é uma homenagem ao chocolate, mas também é um modelo de design e arquitetura caribenhos. Com piscina de borda infinita, tratamentos de Spa feitos com cacau e próxima da desafiadora montanha Petit Piton, é uma proposta em defesa do ecoturismo ético e de luxo.
A Hotel por trás do Rabot Hotel
O Rabot Hotel é propriedade da Chocolat Hotel, pelos sócios Angus Thirlwell e Peter Harris. A marca foi criada há quase vinte anos atrás.
Formada após o sucesso do Chocolate Tasting Club – clube de degustação que envia caixas de chocolates para os assinantes –, nasceu com o nome de Chocolate Express (inicialmente online). O nome Hotel Chocolat surgiu quando da abertura da primeira loja física na cidade de Watford e tratava da experiência que seus fundadores queriam para os clientes da marca:
Hoje, a marca detém cerca de 80 lojas em toda a Europa. Entre os estabelecimentos dos dois sócios, está o restaurante Rabot 1745 – instalado no Borough Market de Londres – e seu nome não é por acaso.
Poucos anos após a fundação da marca Hotel Chocolat, os dois sócios adquiriram uma enorme propriedade na cidade de Soufriere, em Santa Lúcia: uma fazenda fundada em 1745 chamada Rabot Estate.
E é nessa propriedade que o Hotel Chocolat fundou seu primeiro hotel.
A ressurreição da cultura cacaueira de Santa Lúcia
A ideia surgiu quando Angus foi visitar seu pai, que morava no caribe.
Quando a Hotel Chocolat iniciou suas apostas na indústria cacaueira da ilha, o cenário era de quase extinção da atividade. E não havia como culpar os produtores, já que a rede comercial ao entorno do cacau era precária. Basicamente, os produtores só tinham acesso à um único comprador. Os produtores deixavam o produto em um armazém sem garantias de venda e, caso fosse realizada, era conforme a cotação internacional, com deduções dos intermediários e o processo até o pagamento ainda podia levar cerca de 6 meses.
Quando compraram a Rabot Estate em 2006, a empresa decidiu que iria tanto produzir os grãos na ilha quanto processá-los. Para isso, precisavam do apoio dos demais produtores.
Foi nesse momento que o apoio de Phil Buckley, responsável pelas aquisições de propriedades, iniciou um desafiador processo de mapeamento e diálogo com centenas de fazendeiros desconfiados. Três meses depois, já havia 70 produtores em parceria com a Hotel Chocolate.
Hoje são quase 200. A Hotel Chocolat se comprometeu a comprar toda a colheita de cada safra que produzissem, pagando um preço maior que a cotação internacional sem dedução de intermediários e ainda ofereceram apoio técnico para melhoria da produção.
Além disso, Phil iniciou um processo de restauração da propriedade ao lado de Cuthbert Monroque – um dos responsáveis pelo berçário de mudas de cacau no centro de pesquisa – o que deu origem ao Boucan (nome original do hotel boutique que viria se tornar Rabot Hotel).
O Rabot Hotel
Um dos destaques mais comentados do Rabot Hotel é sua piscina de borda infinita. Ela é revestida de quartzo preto e a visão é de nada menos que as próprias montanhas Piton – a Gros Piton e a Petit Piton – com todo o seu entorno de floresta tropical. Uma vista privilegiada, que conta com o apoio de serviço de coquetel na piscina.
Apesar de ser seu grande destaque, a piscina não é nem de longe o único atrativo do hotel. O Rabot Hotel oferece:
- 25 chalés com total privacidade;
- Restaurante ao ar livre com menu dedicado – adivinhem? – ao chocolate;
- Bar para tirar proveito da paisagem em sofás, som de calipso e coquetéis originais;
- Spa que utiliza em seus tratamentos autoriais os frutos, manteigas e óleos do cacau e de outras plantas (como bananeira) cultivadas na região;
- Experiência profunda na cultura do chocolate, indo desde o corte de cascas de cacau até a produção de trufas de chocolate;
- E facilidades para conseguir passeios incríveis na região, como trilhas pelas montanhas e passeios de lancha.
A propriedade do Rabot Hotel está localizada num ponto alto entre a floresta tropical, as plantações de cacau e as montanhas. É a mais antiga das fazendas da região e o hotel é uma combinação desse charme natural de Santa Lúcia com uma hospitalidade elegante que faz jus ao nome da marca.
Os chalés do Rabot Hotel
O Rabot Hotel oferece duas possibilidades de acomodação: os Chalés e os Chalés de Luxo.
A diferença está, principalmente, no tamanho. Os Chalés de Luxo são duas vezes maiores e possuem as próprias varandas. Dentre esses, um dos destaques é o nº 7 que, além de ter a melhor vista da propriedade, oferece um banheiro no estilo sem box (Walk-in) que impressiona. Ele é calçado com pedras do rio e o chuveiro simula chuva.
Ainda assim, os Chalés “comuns” têm mais de 40 metros quadrados cada um, são finamente mobiliados e possuem camas King-size com dossel importadas do Reino Unido. Os primeiros quatro chalés da propriedade são aqueles que oferecem melhor visão das montanhas e são bem expostos à brisa tropical.
Os responsáveis pela restauração do Rabot Hotel, tanto na condução do estilo arquitetônico quanto pelo design dos interiores, foi o escritório Terry Moore Design. Liderada pelo consultor de arte homônimo, é sediada em Londres e definiu os interiores de lojas da Hotel Chocolate. Também foi quem coordenou os interiores do restaurante Rabot 1745.
O Rabot Restaurant
É um dos restaurantes mais requintados de toda a ilha de Santa Lúcia. O menu é inevitavelmente inspirado no cacau. Ele está presente em cortes bovinos, suínos, peixes, legumes e sobremesas – mas com o devido cuidado de não o tornar o sabor predominante em cada preparação.
Por isso está presente, por exemplo, na salada tríade de Quinoa (onde três tipos do grão são combinados com frutas, folhas, abóbora cultivada localmente e tomate confitado com cacau), na base da massa do canelone da casa ou no tempero usado para assar por horas o porco criado na região. E, é claro, as sobremesas a base de chocolate são uma especialidade do restaurante.
O restaurante do Rabot Hotel é totalmente aberto, com visão 180º dos Pitons. É impossível não perceber a trilha sonora do restaurante – uma inusitada combinação de Calipso e Rock clássico – entrando em harmonia com a da própria floresta. Especialmente no jantar, quando se acendem as velas e jantares românticos acontecem ao som de aves e sapos.
Além de almoço e jantar, o Rabot Restaurant também abre para os cafés da manhã servindo opções de peixe grelhado, pães de banana, brioches de coco e panquecas de cacau.
Como Chegar ao Rabot Hotel
Como mencionado bem no comecinho da matéria, o Rabot Hotel está instalado na propriedade Rabot Estate. Esta enorme fazenda fica numa cidade chamada Soufrière, no sudoeste da ilha de Santa Lúcia.
O principal meio para se chegar à ilha é de avião, através do Aeroporto de Hewanorra (que fica há cerca de 45 minutos do hotel). Por cerca de US$ 95,00* é possível adquirir um translado até o Rabot Hotel (o link você encontra na próxima parte da matéria).
Agora se o seu plano é explorar a ilha de carro – e, acredite, há muita coisa para se explorar – é possível retirar o automóvel alugado direto no aeroporto. Siga as placas indicadoras até Soufrière, tendo sempre em vista a placa indicadora “Rabot Plantation” (que vai aparecer pela direita). O hotel oferece estacionamento gratuito.
Já de barco, é possível atracar na marina de Soufrière.
Leia mais:
referências
*Atenção: Preços tomam como base a data de redação deste conteúdo. Podem sofrer alterações a qualquer momento e sem aviso prévio.
Site oficial do hotel
Design Hotels
British Air Ways
Mr and Mrs Smith
Artigo de Fiona Maclean para o London Unattached
Blog Hotel Chocolat
Top Hotel Design
Guyana Chronicle
Artigo de Andrew Baker para o Telegraph
Artigo de Katriona Macgregor para o Telegraph
Artigo de Carolyn Hart para o Telegraph
Enjoy Londres
Artigo de Melanie Stern para o Campden FB
Artigo de Sarah Amandolare para o New York Times
Autor: Fernando França
Formado em Gestão Empresarial, apaixonado por Design, escritor por vocação. Fernando tem mais de 7 anos de experiência gerenciando e desenvolvendo negócios na área de Gastronomia. Eterno pesquisador de tendências, devora informações sobre projetos que unem estética, função, empatia e sustentabilidade. Veio ao projeto Dona Arquiteta para contribuir com o que pode haver de melhor sobre o assunto.