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Opção de hotel em Santa Lúcia, no Caribe
Em Rabot Estate, Soufriere — Santa Lúcia
+1 758-459-7966
Preços a partir de US$ 644* (Chalé ecológico).
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SOUFRIÈRE, SANTA LÚCIA — Dois chocolatiers britânicos decidiram assumir o desafio de ir às origens da matéria prima. Para isso, compraram uma enorme propriedade e passaram a produzir o próprio cacau, criando uma rede de comércio e mudando o cenário econômico da ilha. Em 2020, um novo passo é dado pela dupla: inauguram o primeiro hotel caribenho dedicado ao ingrediente.
O Rabot Hotel é uma homenagem ao chocolate, mas também é um modelo de design e arquitetura caribenhos. Com piscina de borda infinita, tratamentos de Spa feitos com cacau e próxima da desafiadora montanha Petit Piton, é uma proposta em defesa do ecoturismo ético e de luxo.

A Hotel por trás do Rabot Hotel
O Rabot Hotel é propriedade da Chocolat Hotel, pelos sócios Angus Thirlwell e Peter Harris. A marca foi criada há quase vinte anos atrás.
Formada após o sucesso do Chocolate Tasting Club – clube de degustação que envia caixas de chocolates para os assinantes –, nasceu com o nome de Chocolate Express (inicialmente online). O nome Hotel Chocolat surgiu quando da abertura da primeira loja física na cidade de Watford e tratava da experiência que seus fundadores queriam para os clientes da marca:
Eu estava tentando criar algo que expressasse o poder que o chocolate tem de tirar você do seu humor atual e levá-lo a um lugar melhor.
Angus Thirlwell

Hoje, a marca detém cerca de 80 lojas em toda a Europa. Entre os estabelecimentos dos dois sócios, está o restaurante Rabot 1745 – instalado no Borough Market de Londres – e seu nome não é por acaso.
Poucos anos após a fundação da marca Hotel Chocolat, os dois sócios adquiriram uma enorme propriedade na cidade de Soufriere, em Santa Lúcia: uma fazenda fundada em 1745 chamada Rabot Estate.
E é nessa propriedade que o Hotel Chocolat fundou seu primeiro hotel.


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A ressurreição da cultura cacaueira de Santa Lúcia
A ideia surgiu quando Angus foi visitar seu pai, que morava no caribe.
Um membro do nosso Chocolate Tasting Club me enviou uma cópia de um livro antigo chamado From Plantation to Chocolate. Levei-o comigo quando fui visitar meu pai, que mora nas Índias Ocidentais (como é conhecida a região do caribe onde está a ilha). Então, por acaso, este lugar em Santa Lúcia apareceu no mercado e pensei ‘É isso que temos que fazer a seguir.’
Angus Thirlwell

Quando a Hotel Chocolat iniciou suas apostas na indústria cacaueira da ilha, o cenário era de quase extinção da atividade. E não havia como culpar os produtores, já que a rede comercial ao entorno do cacau era precária. Basicamente, os produtores só tinham acesso à um único comprador. Os produtores deixavam o produto em um armazém sem garantias de venda e, caso fosse realizada, era conforme a cotação internacional, com deduções dos intermediários e o processo até o pagamento ainda podia levar cerca de 6 meses.
Quando compraram a Rabot Estate em 2006, a empresa decidiu que iria tanto produzir os grãos na ilha quanto processá-los. Para isso, precisavam do apoio dos demais produtores.
Foi nesse momento que o apoio de Phil Buckley, responsável pelas aquisições de propriedades, iniciou um desafiador processo de mapeamento e diálogo com centenas de fazendeiros desconfiados. Três meses depois, já havia 70 produtores em parceria com a Hotel Chocolate.

Hoje são quase 200. A Hotel Chocolat se comprometeu a comprar toda a colheita de cada safra que produzissem, pagando um preço maior que a cotação internacional sem dedução de intermediários e ainda ofereceram apoio técnico para melhoria da produção.
Além disso, Phil iniciou um processo de restauração da propriedade ao lado de Cuthbert Monroque – um dos responsáveis pelo berçário de mudas de cacau no centro de pesquisa – o que deu origem ao Boucan (nome original do hotel boutique que viria se tornar Rabot Hotel).

O Rabot Hotel
Um dos destaques mais comentados do Rabot Hotel é sua piscina de borda infinita. Ela é revestida de quartzo preto e a visão é de nada menos que as próprias montanhas Piton – a Gros Piton e a Petit Piton – com todo o seu entorno de floresta tropical. Uma vista privilegiada, que conta com o apoio de serviço de coquetel na piscina.

Apesar de ser seu grande destaque, a piscina não é nem de longe o único atrativo do hotel. O Rabot Hotel oferece:
- 25 chalés com total privacidade;
- Restaurante ao ar livre com menu dedicado – adivinhem? – ao chocolate;
- Bar para tirar proveito da paisagem em sofás, som de calipso e coquetéis originais;
- Spa que utiliza em seus tratamentos autoriais os frutos, manteigas e óleos do cacau e de outras plantas (como bananeira) cultivadas na região;
- Experiência profunda na cultura do chocolate, indo desde o corte de cascas de cacau até a produção de trufas de chocolate;
- E facilidades para conseguir passeios incríveis na região, como trilhas pelas montanhas e passeios de lancha.
A propriedade do Rabot Hotel está localizada num ponto alto entre a floresta tropical, as plantações de cacau e as montanhas. É a mais antiga das fazendas da região e o hotel é uma combinação desse charme natural de Santa Lúcia com uma hospitalidade elegante que faz jus ao nome da marca.

Os chalés do Rabot Hotel
O Rabot Hotel oferece duas possibilidades de acomodação: os Chalés e os Chalés de Luxo.
A diferença está, principalmente, no tamanho. Os Chalés de Luxo são duas vezes maiores e possuem as próprias varandas. Dentre esses, um dos destaques é o nº 7 que, além de ter a melhor vista da propriedade, oferece um banheiro no estilo sem box (Walk-in) que impressiona. Ele é calçado com pedras do rio e o chuveiro simula chuva.

Ainda assim, os Chalés “comuns” têm mais de 40 metros quadrados cada um, são finamente mobiliados e possuem camas King-size com dossel importadas do Reino Unido. Os primeiros quatro chalés da propriedade são aqueles que oferecem melhor visão das montanhas e são bem expostos à brisa tropical.

Os responsáveis pela restauração do Rabot Hotel, tanto na condução do estilo arquitetônico quanto pelo design dos interiores, foi o escritório Terry Moore Design. Liderada pelo consultor de arte homônimo, é sediada em Londres e definiu os interiores de lojas da Hotel Chocolate. Também foi quem coordenou os interiores do restaurante Rabot 1745.


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O Rabot Restaurant
É um dos restaurantes mais requintados de toda a ilha de Santa Lúcia. O menu é inevitavelmente inspirado no cacau. Ele está presente em cortes bovinos, suínos, peixes, legumes e sobremesas – mas com o devido cuidado de não o tornar o sabor predominante em cada preparação.
Por isso está presente, por exemplo, na salada tríade de Quinoa (onde três tipos do grão são combinados com frutas, folhas, abóbora cultivada localmente e tomate confitado com cacau), na base da massa do canelone da casa ou no tempero usado para assar por horas o porco criado na região. E, é claro, as sobremesas a base de chocolate são uma especialidade do restaurante.



O restaurante do Rabot Hotel é totalmente aberto, com visão 180º dos Pitons. É impossível não perceber a trilha sonora do restaurante – uma inusitada combinação de Calipso e Rock clássico – entrando em harmonia com a da própria floresta. Especialmente no jantar, quando se acendem as velas e jantares românticos acontecem ao som de aves e sapos.
Além de almoço e jantar, o Rabot Restaurant também abre para os cafés da manhã servindo opções de peixe grelhado, pães de banana, brioches de coco e panquecas de cacau.


Como Chegar ao Rabot Hotel
Como mencionado bem no comecinho da matéria, o Rabot Hotel está instalado na propriedade Rabot Estate. Esta enorme fazenda fica numa cidade chamada Soufrière, no sudoeste da ilha de Santa Lúcia.
O principal meio para se chegar à ilha é de avião, através do Aeroporto de Hewanorra (que fica há cerca de 45 minutos do hotel). Por cerca de US$ 95,00* é possível adquirir um translado até o Rabot Hotel (o link você encontra na próxima parte da matéria).
Agora se o seu plano é explorar a ilha de carro – e, acredite, há muita coisa para se explorar – é possível retirar o automóvel alugado direto no aeroporto. Siga as placas indicadoras até Soufrière, tendo sempre em vista a placa indicadora “Rabot Plantation” (que vai aparecer pela direita). O hotel oferece estacionamento gratuito.
Já de barco, é possível atracar na marina de Soufrière.


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Atrações da região
O hotel oferece suas próprias experiências, como a expedição Tree-to-bar (que visita cada um dos processos da produção do cacau ao chocolate), aulas de Ioga de frente para as montanhas, os tratamentos no Cocoa Spa ou um atendimento cuidadoso com mordomo entregando daiquiris direto na piscina. Mas se prender ao hotel é um grande desperdício das atrações que a região oferece.
Entre os passeios possíveis nas proximidades estão uma caminhada até a montanha Gros Piton, mergulhos nas curiosas fontes sulfurosas, mergulhos de Snorkel em busca de tartarugas e – se você ama o lúdico – experiências retrôs que simulam explorações dos invasores do passado.
Abaixo, você confere uma seleção de passeios e serviços que nosso parceiro Get Your Guide oferece:

Tour pela ilha e visita à Sulpher Springs
Por US$ 130,00* (por pessoa), guias levam você em uma excursão pela região para conhecer os principais destinos de Santa Lúcia. Será possível conhecer os famosos banhos de lama mineral de Sulpher Springs, as cachoeiras de Toraille e conhecer as montanhas Pitons.

Passeio de bote e snorkel
A partir de US$ 435* (grupo), você adquire este passeio de barco pela região – dessa vez via mar – e conhece lugares simbólicos da região. Entre eles o túnel do amor (em Marigot), passagens com vista panorâmica dos Pitons, além de vários pontos de mergulho com snorkel como Anse Cochon, Anse Chasnet e Sugar Beach.

Translado do Aeroporto até o hotel
Por US$ 95, você pode evitar as filas de táxi no aeroporto ou a preocupação sobre o caminho até o hotel. Um motorista resgata você no Aeroporto de Hewanorra e leva direto ao hotel.
LEIA MAIS:
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Fontes
*Preços tomam como referência valores divulgados na data de redação desta matéria, podendo sofrer alteração a qualquer momento e sem aviso prévio.
Site oficial do hotel
Design Hotels
British Air Ways
Mr and Mrs Smith
Artigo de Fiona Maclean para o London Unattached
Blog Hotel Chocolat
Top Hotel Design
Guyana Chronicle
Artigo de Andrew Baker para o Telegraph
Artigo de Katriona Macgregor para o Telegraph
Artigo de Carolyn Hart para o Telegraph
Enjoy Londres
Artigo de Melanie Stern para o Campden FB
Artigo de Sarah Amandolare para o New York Times
Autor: Fernando França
Formado em Gestão Empresarial, apaixonado por Design, escritor por vocação. Fernando tem mais de 7 anos de experiência gerenciando e desenvolvendo negócios na área de Gastronomia. Eterno pesquisador de tendências, devora informações sobre projetos que unem estética, função, empatia e sustentabilidade. Veio ao projeto Dona Arquiteta para contribuir com o que pode haver de melhor sobre o assunto.