The Jaffa
Endereço: Rua Louis Pasteur, nº 2 — Tel Aviv-Jaffa — Israel.
Preço: a partir de US$ 559,00*
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Mesclando a história com o moderno, o The Jaffa, hotel luxuoso de Tel Aviv-Jaffa, em Israel, mantém a herança do antigo hospital francês, datado do século 19, com uma abordagem moderna no hotel.
Com pouco mais de 140 anos de história, o edifício, em seus primeiros anos, serviu como hospital, o “Hospital Saint Louis V”, no centro da cidade portuária mais importante de Israel. O empresário francês Guinet, quando viajou para Israel, tinha como ideia inicial abrigar os peregrinos de Jerusalém; um abrigo para receber os nobres e plebeus com uma refeição e uma cama macia.
Ao voltar para as terras francesas, Guineta consulta o rei da França até convencê-lo do projeto. Convencido, o rei começa financiar o empreendimento, que enviou seus melhores arquitetos para Jaffa, o Ribellet e Grebez. Assim que chegam na cidade, eles escalam até o ponto mais alto da região e compram o terreno de 4.856 m².
A construção durou quatros anos, quando finalmente foi inaugurado em 1879. A estética do local, em formato de U, era do Renascentismo romano, contando com a harmonia entre os arcos e os seus adornos, colunas e estatuetas de pedra, vitrais e láureas*. Mas é a partir dos anos seguintes que o objetivo inicial passa a se expandir para incluir o hospital e uma pequena igreja.
*coroa de louro
Dessa forma, o contexto do atual The Jaffa surge da modernização do complexo, criando uma narrativa espacial dentro do local, pois ao mesmo tempo, o Jaffa preserva suas estruturas históricas.
Como o local é uma riqueza cultural da cidade, o hotel buscou conservar e juntar a memória e a atmosfera própria do antigo hospital. Isso ocorreu através do diálogo de elevações contínuas flexíveis em resposta às paredes do local e principais marcos da paisagem urbana.
O The Jaffa, localizado em cima de uma colina, possui vistas para os telhados da velha cidade e para o mar e, ao fundo, arranha-céus e edifícios modernos. Com isso, ele se torna um marco grandioso no centro da antiga cidade portuária de Israel.
Em 2005, o terreno do antigo “Hospital Saint Louis V” com vista para o mar Mediterrâneo passa a ser do incorporador imobiliário de Nova Iorque e fundador da RFR Holding, Aby Rosen. O que, antigamente, costumava ser um hospital, agora é uma propriedade de luxo com 120 quartos e suítes, 32 residências, dois restaurantes e um spa.
A restauração e a integração de um novo edifício ao complexo foi responsabilidade do arquiteto John Pawson. A sensibilidade e a abordagem minimalista do arquiteto trouxe vida ao conceito do hotel, mesclando o moderno com o antigo.
John Pawson já trabalhou com Rosen anteriormente no Gramercy Park Hotel em Nova Iorque, mas este é o primeiro projeto do arquiteto em Israel. Assim, ao aceitar o desafio, Rosen recrutou Pawson para dirigir de forma criativa a restauração do atual The Jaffa.
O Jaffa tem sido meu projeto mais longo e pessoal até agora. Desde o início, vi isso como uma oportunidade única de desenvolver um hotel verdadeiramente notável com residências no coração da velha Jaffa. […] Tendo trabalhado anteriormente com John Pawson, conheço e amo sua abordagem ao design – especialmente com projetos históricos. Depois de comprar o edifício, pedi-lhe que trouxesse sua interpretação minimalista para o edifício clássico do mosteiro, seu processo criativo tem sido um dos mais gratificantes em que já estive envolvido. Sua sensibilidade para a incrível história se manifesta em seu design pensativo, introduzindo uma nova vida e propósito para o edifício.
Diz Aby Rosen para a Architonic em 2018
Sua restauração durou cerca de 13 anos e hoje, conta com a capela que se transformou em bar/lounge; dois restaurantes no térreo que se estendem até o pátio central com piscina; a nova estrutura de seis andares abriga o saguão principal, 32 apartamentos residenciais e 80 quartos do hotel restante; e o spa subterrâneo e a acadeemia estão entre os dois edifícios.
O período de restauração se estendeu por um longo tempo quando a escavação de 5 metros foi interrompida devido ao desenterro de ossos. Pawson explica que: “todos os grupos religiosos e arqueológicos deram a sua opinião. Assim que você encontrar ossos, o trabalho tem que parar até que se prove que são animais”. A partir desse momento, Ramy Gill, da Ramy Gill Architects & Urban Designers, se junta na equipe e foi fundamental na restauração do projeto.
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Dessa maneira, os dois arquitetos combinavam e se perguntavam como harmonizar o antigo com o novo. A solução foi intervir pouco e apenas quando necessário; isso significa que as imperfeições e desgastes permanecerem na restauração do local, fazendo, assim, parte da história e do The Jaffa.
As estruturas novas não fizeram contato com o que já estava lá. Portanto, Pawson e Gill se certificaram de que não haveria conectores entre os edifícios. Assim, a semelhança e a coerência entre os edifícios do complexo seriam através de detalhes e contrastes.
Não há sutilezas entre os dois edifícios. Há, no entanto, um complemento entre os dois séculos, um romance, sem gestos baratos.
RAMMY GILL PARA A INTERIOR DESIGN, EM 2018.
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referências
*Atenção: Preços tomam como base a data de redação deste conteúdo. Podem sofrer alterações a qualquer momento e sem aviso prévio.
Architonic
Archello
Interior Design
AUTORA- Manuela Miranda