Mairiporã: a menos de 40km de São Paulo e no meio da cantareira, virou refúgio para quem busca natureza
Mairiporã

Mairiporã: a menos de 40km de São Paulo e no meio da cantareira, virou refúgio para quem busca natureza

Escrito por Sarah Borges | Publicado em:
Início > Destinos > América > Brasil > São Paulo > Mairiporã > Mairiporã: a menos de 40km de São Paulo e no meio da cantareira, virou refúgio para quem busca natureza
O Unique Garden Mairiporã surge como um exemplo concreto de hospitalidade consciente, firmado no diálogo entre arquitetura de alta qualidade e práticas regenerativas. Idealizado pelo arquiteto brasileiro Ruy Ohtake, o projeto ocupa uma área de mais de 300 mil m² na Serra da Cantareira, onde a Mata Atlântica foi preservada e integrada a chalés assinados. A presença do paisagismo de Burle Marx reforça essa conexão com o campo.

Este blogpost foi escrito por humanos e não foi patrocinado. Apesar disso, se você comprar através de nossos links, nós ganhamos uma comissão. Assim você ajuda a manter o Dona Arquiteta no ar! Boa leitura.

Avalie esta matéria

A menos de 40 km da capital, a primeira impressão ao chegar em Mairiporã quebra expectativas: é possível perceber mistura da proximidade de uma metrópole com o respiro da mata. Inserida no cinturão de conservação da Serra Cantareira — principalmente por conta do Parque Estadual da Cantareira — a cidade faz parte da Reserva da Biosfera da UNESCO desde 1994. Esse enclave florestal fornece a estrutura natural que sustenta o movimento pelo turismo regenerativo — que, após a pandemia, ganhou força entre pessoas buscando reconexão e bem-estar sem longos trajetos.

Hoje, Mairiporã posiciona-se como alternativa sofisticada aos fins de semana comuns, alinhando o cuidado ambiental, bem-estar e arquitetura autoral. O Unique Garden representa esse novo paradigma de “escape urbano”, onde o luxo dialoga com propósito sem abrir mão da conveniência metropolitana.

PUBLICIDADE Banner Clean – Cesta Sonho dos Chocólatras FIM DA PUBLICIDADE

Serra da Cantareira como santuário

A Serra da Cantareira desponta como um dos mais valiosos santuários ecológicos na metrópole. Sua área total é de 64 800 hectares, abrigando um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica protegida no mundo urbano. Em 1994, foi reconhecida pela UNESCO como parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo, reforçando seu valor como patrimônio natural universal.

No alto da serra, as trilhas serpenteiam por vales, propiciam contato com rios e riachos transparentes e oferecem mirantes que renderiam cenas dignas de pintura. O Parque Estadual da Cantareira, criado em 1962, abriu suas portas à visitação em 1968. As catorze trilhas do parque – incluindo a famosa Pedra Grande, a do Bugio e a das Figueiras – permitem acesso a um mosaico de ambientes: desde bosques de araucária até florestas altas com espécies raras como cedro-rosa, canela-preta e imbuia.

Essa profusão de ecossistemas abriga uma fauna impressionante: cerca de 388 espécies de vertebrados — ao menos 97 mamíferos e  250 aves, entre jaguatirica, o macaco-prego, tucanos e saguis escuros. A Serra da Cantareira é um palco de biodiversidade, marcado por corredores ecológicos que conectam vales, represas, pedreiras e trilhas, protegendo nascentes decisivas para o abastecimento de São Paulo desde o século XIX.

O nome “Cantareira” carrega história: tropeiros dos séculos XVI e XVII transportavam água em cântaros e usavam “cantareiras”, essas prateleiras, para armazenar suas reservas, batizando a serra – lembrança viva da urgência hídrica que estruturou a ocupação dessa paisagem. Posteriormente, terrenos desmatados para cultivo de café, cana e erva-mate foram desapropriados pelo Estado no fim do século XIX. O objetivo era recuperar a vegetação natural, salvar mananciais e garantir água para a cidade em expansão.

Para quem busca turismo com propósito na Serra Cantareira, a região oferece mais que um cenário fotogênico: há trilhas educativas, viveiros de mudas, parques e um impulso crescente rumo ao turismo regenerativo — uma forma de viajar que retribui ecossistemas e fortalece comunidades locais. Em Mairiporã, por exemplo, o Núcleo Águas Claras, aberto em 2000, protege cerca de 80% da área de mananciais e investe em educação ambiental. Ou seja, não se trata só de passeio, mas de imersão em processos de conservação.

Historicamente, Mairiporã se conecta à Serra com raízes multifacetadas. Nasceu como Juqueri, tornou-se município em 1889 e recebeu em 1913 as primeiras famílias de imigrantes japoneses, que trouxeram práticas agrícolas, cooperativas e respeito à terra — reflexos ainda visíveis nas plantações e produtores locais. Essa comunidade centenária soma-se ao legado indígena do nome “Mairiporã”.

O que fazer em Mairiporã

Quando o objetivo é mergulhar na natureza e explorar o melhor do turismo na Serra da Cantareira, Mairiporã oferece caminhos surpreendentes:

Rapel na Pedreira do Dib

Unique Garden Mairiporã
A Pedreira do Dib revela uma cratera imponente que transforma o antigo espaço de extração em palco de adrenalina e contemplação. | Foto: Daniel Prof (Reprodução)

Um dos maiores desafios de São Paulo, com paredões de até 108 m, a Pedreira do Dib é destino certo para aventureiros. Mesmo sem experiência avançada, acompanha-se instrutores especializados, o que torna o passeio acessível e seguro. O local, onde antes havia exploração mineral, hoje é um cenário dramático para rapel, escalada, slackline e fotografia de paisagem. Para chegar: siga pela Fernão Dias até o km 79, entre no viaduto e encontre o acesso pela Av. Coronel Sezefredo Fagundes.

PUBLICIDADE FIM DA PUBLICIDADE

Trilha do Lago das Carpas

Serra Cantareira Turismo
A Trilha do Lago das Carpas surpreende pela facilidade de acesso e pela pausa serena em meio à mata da Serra da Cantareira. | Foto: Fatorapa (Reprodução)

Parte do Núcleo Águas Claras no Parque Estadual da Cantareira, essa trilha passa por caminhos de terra e cascalho até chegar a um lago tranquilo com parquinho, mesas de piquenique e banheiro. O valor de entrada, acessado pela Rua do Horto, é simbólico. Ideal para quem busca economia e contato simples com a mata, é um ótimo pit-stop em meio ao turismo regenerativo.

PUBLICIDADE Banner Clean – Cesta Sonho dos Chocólatras FIM DA PUBLICIDADE

Pico do Olho D’água

Serra da Cantareira Turismo
O Pico do Olho D’Água virou ponto de encontro entre fotógrafos, casais e curiosos que buscam a vista mais ampla da Serra da Cantareira. | Foto: Tabata Shaiene (Reprodução)

Com 1.180 m de altitude, o Pico do Olho D’água é um mirante privilegiado para ver nascer e pôr do sol. O acesso por carro é fácil e há lugar seguro para campings bem equipados nos arredores — como o Camping Seguro — que disponibilizam infra com banheiros, cozinha comunitária e estrutura para fogueira e caiaque. Trilhas curtas levam ao mirante e o chamado “tapete de nuvens” pode surpreender quem chega cedo.

Cachoeira da Caceia

A apenas 8 km do centro de Mairiporã, a Cachoeira da Caceia é acessível por estrada de chão e oferece três quedas para banho. Simples, sem estrutura fixa, possui estacionamento improvisado e banheiros naturais. Cuidado com o excesso de visitantes em feriados. 

Gastronomia e cultura local

Imergir no cotidiano de Mairiporã também passa por espaços culturais e restaurantes no município. O centro reúne opções charmosas de comida regional e artesanato — aproveite para visitar o Bosque da Amizade e o Instituto Thomaz Cruz, onde encontra-se um acervo de arte popular e orquidário, além de exposições sobre ecologia que dialogam com o turismo consciente. 

Unique Garden Mairiporã
Entre réplicas de esculturas, arte popular e salas temáticas, o Instituto Thomaz Cruz é um achado cultural na Serra Cantareira. | Foto: Humberto Iago Müller (Reprodução)

O Velhão é visita obrigatória: um lugar bastante rústico — trata-se de uma construção centenária. O local conta com serralheria, marcenaria, lojas de bijuteria e artesanato, floricultura, pizzaria, bar, café, cervejaria, loja de chocolate e sebo. Mas o ponto alto é o restaurante de comida mineira “As véias”. Parece a construção de um palácio antiquíssimo, incrível para quem gosta de voltar ao passado!

Serra Cantareira Turismo
Entre os corredores de tijolo aparente, O Velhão mistura gastronomia com atmosfera de vila cenográfica. | Foto: Audir Martins (Reprodução)

Onde ficar em Mairiporã: Unique Garden

Unique Garden Mairiporã
Privacidade total, vista para a mata e sauna integrada: a Suíte Cristal transforma o descanso em uma experiência sensorial guiada pelo design. | Foto: Unique Garden Mairiporã (Reprodução)
Serra Cantareira Turismo
Desenhados por Burle Marx, os jardins do Unique Garden revelam a vegetação da Serra da Cantareira com composição e propósito. | Foto: Unique Garden Mairiporã (Reprodução)
Unique Garden Mairiporã
O lado de fora do Unique Garden Mairiporã é extensão do cuidado que define o hotel. | Foto: Unique Garden Mairiporã (Reprodução)

Para quem busca uma hospedagem que vá além do conforto, o Unique Garden Mairiporã se destaca como um projeto que alia sofisticação a uma proposta concreta de responsabilidade ambiental. Localizado dentro da Serra da Cantareira e operando como hotel boutique desde 2005, o espaço nasce do encontro entre arquitetura autoral, bem-estar integral e compromisso com a regeneração da natureza.

PUBLICIDADE unique garden mairiporã FIM DA PUBLICIDADE

O projeto arquitetônico leva a assinatura de Ruy Ohtake, com jardins concebidos por Burle Marx. O diálogo entre estrutura e paisagem não é apenas estético: ele está na base do funcionamento do hotel. O Unique Garden abriga um mantenedouro de fauna silvestre, com mais de 300 animais sob cuidados técnicos, entre resgates do tráfico, da caça e de maus-tratos. O manejo é autorizado por órgãos ambientais competentes e parte de uma abordagem conservacionista real, que vai muito além da imagem.

A gastronomia segue o mesmo princípio. O hotel opera sob o conceito farm to table, utilizando ingredientes cultivados na própria horta e estufa orgânica, em receitas que respeitam a sazonalidade e privilegiam a procedência. O restaurante contemporâneo é comandado por um chef residente, e oferece desde café da manhã até degustações harmonizadas, com foco em ingredientes naturais e processos artesanais.

Outro eixo forte da experiência é o Spa Pandora, que propõe uma jornada holística de autocuidado. As terapias são oferecidas por profissionais especializados, e vão de tratamentos estéticos a programas de descompressão, incluindo práticas integrativas com base na medicina ayurvédica e na aromaterapia. A proposta não é prescritiva nem superficial: o spa é tratado como núcleo de bem-estar ampliado, com serviços personalizados e ambiente imersivo.

PUBLICIDADE unique garden mairiporã FIM DA PUBLICIDADE

As acomodações são divididas em três categorias: chalés contemporâneos, chalés de inspiração clássica e villas com piscina e sauna privativa. Todas contam com enxoval premium, serviço de mordomo, banheiras com vista para o jardim e comodidades voltadas ao descanso profundo — como aromaterapia noturna e menu de travesseiros.

Ao longo dos anos, o Unique Garden Mairiporã consolidou-se como referência em luxo consciente e modelo viável de hospitalidade sustentável na região da Serra da Cantareira. O hotel é reconhecido por certificações ambientais e é um destino procurado tanto para escapadas curtas quanto para estadias de renovação profunda — especialmente por quem valoriza experiências sensoriais com propósito.

Se a ideia é vivenciar o que há de mais sofisticado no turismo da Serra Cantareira, sem abrir mão da ética ambiental e do conforto extremo, o Unique Garden Mairiporã é, sem dúvida, a escolha mais coerente.

Endereço: Rua, número — bairro/distrito
Preços: A partir de [informado em dólares, conectado ao link Booking e asterisco fechando o número]*
Acessibilidade: informações sobre o acesso do hotel para cadeirantes.
Reserve sua hospedagem pela Booking!

Dicas práticas para organizar sua viagem a Mairiporã 

Chegar é relativamente simples. De carro, partindo de São Paulo, o caminho mais direto é pela Rodovia Fernão Dias, com cerca de 35 a 40 minutos até Mairiporã. Para quem chega de transporte público, a linha EMTU 240 sai de Santana e Tucuruvi, com tarifa e tempo de viagem de aproximadamente 55 minutos. Uma vez na cidade, pontos como o Núcleo Águas Claras e o Pico do Olho D’água exigem translado de carro ou transfer local – transporte coletivo para a serra ainda é limitado.

A melhor época para vivenciar o turismo na Serra Cantareira é entre abril e setembro, quando as chuvas diminuem e as temperaturas estão estáveis, sem atrapalhar trilhas ou banhos de cachoeira. Defina uma estadia de dois a três dias para explorar com calma os principais atrativos – trilhas, mirantes, cachoeira e gastronomia local.

Quanto à bagagem, inclua calçados confortáveis, proteção solar, capa leve para eventuais chuvas e uma mochila pequena com água e lanches. Se planeja visitar áreas mais remotas, leve também repelente e capa de chuva compacta.

Esse preparo faz a diferença para uma experiência completa em serra cantareira turismo. E, para maximizar o conforto e experiências imersivas após trilhas e descobertas, vale considerar a hospedagem no Unique Garden Mairiporã.

Leia mais:

referências

*Atenção: Preços tomam como base a data de redação deste conteúdo. Podem sofrer alterações a qualquer momento e sem aviso prévio.

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Scroll to Top