Onde Ficar em Palmas: um guia sobre a capital de Tocantins
Palmas

Onde Ficar em Palmas: um guia sobre a capital de Tocantins

Escrito por Sarah Borges | Publicado em:
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Palmas, capital do Tocantins, ainda não caiu nas graças do turismo de massa — e talvez por isso seja hora de olhar melhor para ela.

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Onde ficar em Palmas?

Essa pergunta surgiu assim que começamos a mapear hospedagens interessantes pelo Brasil — sempre com atenção à arquitetura, à relação com o entorno e ao que essas escolhas revelam sobre cada cidade. A resposta nos levou a mais que pousadas: levou a um lugar onde o desenho urbano e o cerrado andam lado a lado.

Com pouco mais de 300 mil habitantes, a cidade foi inteiramente projetada no fim dos anos 1980, com linhas amplas, quadras regulares e uma ocupação que tenta dialogar com o relevo e o calor da região. Por isso, quem planeja uma viagem a Palmas doTocantins costuma encontrar mais do que esperava: praças monumentais, praias de água doce, feiras, cachoeiras e o Jalapão logo ali.

E o nosso conteúdo de hoje propõe exatamente isso: descobrir os segredos de uma capital desenhada desde a planta baixa e as formas inesperadas que ela assume — inclusive nas hospedagens.

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Palmas, além do óbvio: por que colocar a capital do Tocantins na sua rota?

Palmas quase sempre passa despercebida nos roteiros quando pesquisando destinos onde ficar e aproveitar para descanso pelo Brasil Apesar disso, a jovem capital tocantinense esconde um potencial turístico enorme: a cidade sai do óbvio dos destinos com perfume europeu do Sul e Sudeste e das praias paradisíacas do Nordeste. 

Longe de performar a agitação das grandes metrópoles, uma viagem a Palmas do Tocantins, oferece uma experiência inusitada: a combinação de planejamento urbano e conexão com a natureza. Somado a isso, a capital ainda é a porta de entrada para o Jalapão, um dos tesouros naturais mais deslumbrantes do Brasil.

Cachoeira da Formiga, em Jalapão, um dos melhores destinos onde ficar perto de Palmas em TOcantins
O Jalapão oferece os mais belos e intocados balneários aqui do Brasil | Foto: Explora 4×4 (reprodução)

Palmas, a última capital planejada do século XX

Logo após a criação do estado do Tocantins pela Constituição de 1988, Palmas nasceu entre traçados milimetricamente definidos com pressa e ambição. Em 1989, o canteiro era cerrado. No papel, uma capital moderna e funcional; na prática, um experimento urbano em escala real. Uma cidade que abriga um grande contingente populacional e, ao mesmo tempo, oferece qualidade de vida a partir de uma infraestrutura que equilibra a modernidade com a preservação da natureza.

Em Palmas, nada foi deixado ao acaso. A cidade foi desenhada antes de existir, baseando-se em princípios modernistas, com algumas adaptações e influências das experiências de cidades-jardim e “new towns” como: sistema de quadras, grandes avenidas, prioridade para áreas verdes (Palmas se destaca pela quantidade de espaços públicos e arborização), e a setorização funcional. À primeira vista, pode parecer impessoal. Mas é aí que mora o erro.

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O que fazer em Palmas?

Praça dos Girassóis

Onde ficar em Palmas
A Praça dos Girassóis é a maior praça da América Latina, com mais de 570 mil metros quadrados. | Foto: Mala de Bordo por Aí (Reprodução)

A escala monumental da Praça dos Girassóis não está só nos números — embora seus mais de 500 mil metros quadrados impressionem —, mas na maneira como o espaço se impõe. Os edifícios públicos organizam a paisagem como peças fixas de uma maquete de concreto: o Palácio Araguaia, com arcos que homenageiam igrejas do passado colonial; o Memorial Coluna Prestes, onde Niemeyer desenhou uma curva que interrompe o traçado regular da praça. No piso, a Rosa dos Ventos inscreve um marco geodésico no centro exato do Brasil.

A matéria-prima aqui não é só tijolo ou concreto aparente, mas uma tentativa de construir memória.

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Orquidário Municipal de Palmas

De estrutura simples, plantas penduradas em estruturas metálicas e chão de cimento queimado, o Orquidário Municipal de Palmas é um abrigo para espécies botânicas. Espaço é ideal para quem prefere observar, ter boa conversa, acompanhar o trabalho de poda e esquecer do celular por instantes.

O orquidário é pequeno, quase passa batido, mas quem entra desacelera sem perceber. Para quem busca experiências tranquilas e contato com a natureza, vale a pena incluir o local no roteiro — especialmente se você estiver pesquisando onde ficar em Palmas com calma e curiosidade.

Ilha Canela

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A Ilha Canela é um dos principais refúgios para quem quer curtir o lago de Palmas longe da cidade. | Foto: Alessandra M (Reprodução)

A Ilha Canela apareceu quando a represa cobriu o que existia antes: a antiga Vila da Canela, que foi submersa pelas águas do lago. Um dos maiores atrativos da ilha são as mesas e cadeiras que ficam literalmente dentro da água. O fim de tarde vale a espera, já que o pôr do sol na localidade é espetacular.

Praia da Graciosa e da Prata

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A Praia da Graciosa é artificial e foi criada às margens do lago formado pela Usina Hidrelétrica de Lajeado. | Foto: Raphaella K

A Praia da Graciosa é o que mais se aproxima de uma orla urbana em Palmas. Fica ao lado da ponte e concentra a maior estruturapista para corrida, ciclovia, estrutura para barcos, rampas para acessibilidade e restaurantes que funcionam o dia inteiro. Aos fins de tarde, a orla enche — famílias, gente caminhando, adolescentes jogando bola. 

Já a Praia do Prata exige ficar afastada, o acesso é mais demorado. Barracas de madeira cobertas por palha servem peixe, cerveja gelada e suco de caju. Algumas mesas são colocadas dentro d’água. O serviço é mais simples, mas dá conta. As árvores fazem sombra de verdade, e o barulho vem mais do vento e das vozes próximas do que da música ou dos carros. 

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Feira do Bosque

No fim de tarde de domingo, o movimento começa devagar. As barracas ficam sob as árvores e o cheiro de peixe frito se mistura ao do caldo de cana. Na Feira do Bosque, as mãos que trançam capim dourado ou modelam o barro não vêm de um só lugar. Quem circula por ali sente o tanto de gente que veio de longe para viver em Palmas: Pará, Piauí, Maranhão, Goiás. Palmas ainda se reinventa

Taquaraçu

Ainda decidindo onde ficar em Palmas? A 35 quilômetros do centro de Palmas, o distrito de Taquaruçu parece ter parado em algum momento anterior à fundação da capital. Não no sentido da estagnação, mas por manter um ritmo próprio, mais próximo da lógica dos moradores antigos do que da cidade planejada que surgiu de repente no mapa do Brasil.

Ali, o tempo se organiza em torno de outros marcos: o barulho da água caindo, o cheiro de comida feita no fogão a lenha, a sombra que se move devagar entre as árvores do quintal. Quem chega de fora logo percebe que o calor dá uma trégua. Não só pela altitude, mas também porque o concreto dá lugar ao chão de terra batida, ao mato crescendo nas beiradas.

É difícil saber exatamente quantas quedas d’água cortam a região — dizem que são mais de 80. Algumas delas aparecem logo na beira da estrada, outras exigem disposição. Mas não é o número que impressiona, e sim a variedade: há corredeiras com poços fundos, caminhos estreitos cercados de mata, paredões altos onde o som da água preenche tudo. E nem sempre há sinal de celular.

A Roncadeira costuma ser uma das primeiras a ser lembrada. Acesso tranquilo, estrutura simples, altura considerável. Ao lado dela, o Escorrega Macaco desce em curva e forma um poço onde quase sempre há gente. No Vale do Vai Quem Quer, o nome já entrega o grau de esforço. São quilômetros de estrada de chão e caminhada. A recompensa vem em forma de poços escuros e escadarias que levam a pedaços de água escondidos entre as árvores. 

Mas Taquaruçu não é só cachoeira. A região também atrai gente em busca de altura. A rampa de voo livre reúne praticantes de parapente e asa-delta, principalmente quando o vento colabora. E para quem prefere a vista a partir do chão, a subida até a Pedra do Pedro Paulo exige fôlego. No alto, dá para ver o vale todo — se o céu estiver limpo, até Palmas aparece, lá ao fundo, meio desfocada.

Onde ficar em Palmas

Pousada Aldeia da Serra

Pousada Aldeias da Serra. Entrada do pátio e logo
Foto: Glauber do Oliveira/Pousada Aldeia da Serra (reprodução)

Localizada a pouco mais de meia hora do centro de Palmas, a Pousada Aldeia da Serra ocupa um terreno extenso no coração do distrito de Taquaruçu — região conhecida por suas cachoeiras, matas e construções de madeira escura que resistem ao tempo com simplicidade. 

A pousada parece acompanhar esse mesmo compasso: a escolha dos materiais revela uma busca por integração com a natureza e uma preocupação evidente em não romper com o ritmo do lugar — e isso se percebe na maneira como tudo foi disposto no terreno.

Para quem busca onde ficar em Palmas, a localização é favorável para quem quer ter a cidade como base e conhecer Taquaruçu sem pressa. Entre subidas e descidas, a estrada que leva até lá já antecipa que está saindo do modo de funcionamento comum da cidade.

Ali, os sons que se destacam não são os de carros ou vozes apressadas, mas sim os que costumam passar despercebidos.

Endereço: Loteamento Santa Fé, nº 38 — Taquaraçu
Preços: A partir de R$442* [diária, casal]
Acessibilidade: Possui instalações para cadeirantes.
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Dicas práticas para viagem a Palmas, no Tocantins:

Palmas exige certos ajustes de quem chega: o calor não dá trégua, as distâncias são grandes e o sol começa cedo.

O transporte público atende mais aos moradores do que aos visitantes. Para quem vem de fora, aplicativos como Uber e (principalmente) Urbano Norte resolvem bem, mas quem pretende ir até Taquaruçu ou circular sem pressa pode considerar alugar um carro. As ruas são bem sinalizadas e as estradas principais estão em bom estado.

De maio a setembro, o clima favorece quem quer aproveitar o lado de fora — com pouca chuva, céu limpo e umidade mais baixa.  Quem viaja com mais folga no orçamento encontra onde ficar em Palmas com mais estrutura e charme, especialmente em Taquaruçu. Restaurantes especializados em peixes regionais e pratos contemporâneos cobram valores proporcionais à proposta — R$ 200 ou mais por dia com alimentação. 

Passeios mais estruturados, como trilhas com guia, visitas a cachoeiras em propriedades privadas ou até mesmo o Jalapão, elevam os custos, mas também o nível de conforto. Ainda que os preços de passagem variem bastante, reservar com antecedência e sair de Brasília pode baratear a ida e volta.

Agora que você já sabe onde ficar em Palmas e como aproveitar a cidade com um olhar mais atento à arquitetura, à cultura e ao cotidiano local, que tal continuar a jornada?

Nossa curadoria de destinos vai além da capital do Tocantins. Temos outras dicas para quem planeja uma viagem a Palmas, Tocantins, com um roteiro mais amplo, incluindo paradas no Jalapão e em cidades vizinhas.

Aproveite para explorar também nossos guias por outras capitais brasileiras, sempre com foco em hospedagens com bom design, experiências culturais e conexão com o lugar. Cada cidade tem sua própria história para contar, e a gente adora ajudar você a escutá-las com calma, beleza e intenção.

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referências

*Atenção: Preços tomam como base a data de redação deste conteúdo. Podem sofrer alterações a qualquer momento e sem aviso prévio.

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