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BIG
Bjarke Ingels, resolvemos escrever sobre este jovem arquiteto, Ele nos desperta tanta curiosidade e interesse. Bjarke Ingels é uma pessoa em constante evolução. Cada projeto desafia o comum, o óbvio sem deixar de interagir diretamente com o lado humanístico da arquitetura. No fundo, o objetivo é fazer com que as barreiras do mundo moderno sejam transpostas. E as pessoas tenham maior qualidade de vida, convívio e interação com o entorno
De um ponto de vista mais amplo, a arquitetura é a arte e a ciência de criar as estruturas de nossas vidas e as obras que construímos, ou abrem possibilidades, ou impedem encontros e conexões.
Bjarke Ingels
BIG desafia o formalismo tradicional, rígido, as formas, as estruturas e os padrões. Sua arquitetura é programática e tecnicamente inovadora, ela surge de uma análise cuidadosa da vida contemporânea, respeitando as mudanças constantes e suas evoluções.
Uma característica marcante de seus projetos são os baixos custos, inclusive já foram muito criticados por isso, mas Bjarke prova que é possível fazer algo totalmente diferente e inovador com os mesmos recursos usados em uma construção comum, convencional. Outro foco de seus projetos é o cuidado com o meio ambiente, sempre utilizando recursos conscientes e sustentáveis. Aliás, um de seus fundamentos é a sustentabilidade Hedonista.
E se a sustentabilidade melhorasse sua qualidade de vida? Essa é uma das perguntas pra refletirmos…
Acreditamos que, a fim de lidar com os desafios de hoje, a arquitetura pode se mover de forma lucrativa em um campo que tem sido amplamente inexplorado. Uma arquitetura utópica pragmática que evita o pragmatismo petrificante de caixas enfadonhas e as ideias utópicas ingênuas do formalismo digital. Como uma forma de alquimia programática, criamos arquitetura, misturando ingredientes convencionais, como viver, lazer, trabalho, estacionamento e compras. Ao bater a fértil sobreposição entre pragmatismo e utopia, nós, arquitetos, mais uma vez encontramos a liberdade de mudar a superfície do nosso planeta, para se ajustar melhor à forma de vida contemporânea.
Bjarke Ingels
A seguir selecionamos alguns projetos em andamento para ilustrar as obras geniais e conceitos deste grupo de arrojados arquitetos.
AMAGER RESOURCE CENTER
Copenhagen, Dinamarca.
Amager Resource Center: uma usina para produção de energia, ao longo dos anos foi transformada em um destino para pessoas em busca de esportes radicais. As atividades ocorrem nas “cruas” instalações industriais, tais como wakeboard corridas de go-kart e escalada. Este marco precisava de renovação e aí entrou o BIG em ação.
Foi proposta uma nova espécie de produção de energia a partir de resíduos, ambientalmente, economicamente e socialmente rentável.
Amager Resource Center não é um objeto isolado, a sua nova arquitetura mobilizou e intensificou o relacionamento entre o prédio e a cidade. Houve uma expansão de suas atividades, seu teto, por exemplo, tornou-se uma pista de esqui para os cidadãos de Copenhagen.
Abaixo o esquema dos anéis de fumaça e a iluminação a laser.
Amager Resource Center – esquema ilustrativo dos anéis de fumaça– Imagem BIG-Bjarke Ingels Group
Acho que um projeto como este pode ser um sinal para o mundo de que tecnologias limpas possuem alternativas quase utópicas. Acredito que o anel de fumaça é um símbolo poderoso disso.
Blarke Ingels
A chaminé, ao invés de ser um símbolo de poluição, tornou-se uma celebração. A nova central estabelece Amager Resource Center como inovador na escala urbana. Redefinirá a relação entre a central e a cidade. Sua inauguração é prevista para o fim deste ano.Bjarke Ingels
Abaixo o programa construtivo e conceito do projeto
THE SMILE – E126 – EAST 126
Nova York, NY.
O East 126 é um projeto em que se vai misturar o uso privado com o espaço público da vizinhança. O primeiro e segundo andar serão comerciais e conectarão a rua 126th com a 125th, através do prédio Gotham Plaza, ao nível da rua.
A planta em formato de “Y” oferece unidades de diversas organizações e tamanhos. A partir da rua 125th, a terceira ala do edifício irá pairar sobre o edifício pré-existente, na rua 126th. A fachada inclina-se suavemente para permitir maior incidência de luz na rua.
O padrão de tabuleiro de dama dá um toque elegante à fachada. Suas janelas vão do piso ao teto, proporcionando uma boa entrada de luz.
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O empreendimento têm espaços coletivos para os moradores, incluindo um centro fitness, lounge e área de trabalho com vista para a galeria no interior do bloco. Mais acima, o projeto se expande para o espaço aéreo, permitindo aos apartamentos de face sul uma vista do Harlem ao Central Park e para o East river.
Para complementar as amenidades oferecidas aos residentes, o telhado apresenta piscinas e um deck rodeado por um paisagismo que proporciona um interessante espaço social e alguns lugares mais intimistas.
Abaixo o programa construtivo e conceito do projeto
THE ELEVENTH
Nova York, NY.
No número 76 da avenida 11th, ‘The Eleventh’ está localizado no West Chelsea entre o High Line e o Rio e Hudson. Abrangendo toda a quadra entre a rua 17th e 18th e entre a Avenida 10th e 11th. Este empreendimento têm 83.000 m2 e duas torres. A torre oeste é completamente residencial, já a torre leste será a combinação entre hotel e residências.
O hotel ficará localizado ao lado do High Line, na metade inferior da Torre Leste. As residências ocuparão os andares superiores.
A geometria das duas torres é uma resposta direta ao contexto. Na base, as duas torres ficam distantes uma da outra e dos edifícios vizinhos para maximizar o espaço urbano e a vista.
À medida que se elevam, as torres se modificam e reorientam, para aproveitar os melhores ângulos nos níveis superiores e também para proporcionar uma visão desobstruída do rio Hudson para o oeste e da cidade para o sul, leste e nordeste. A geometria de torção nos cantos das torres reduz o volume geral e cria uma separação adicional entre elas.
O design da fachada é inspirado nas janelas perfuradas dos históricos armazéns nos bairros de Meatpacking e West Chelsea. Seu padrão funciona como uma expressão da lógica estrutural do edifício, que acompanha o movimento da geometria das torres.
Será criada uma rua através dos blocos, entre as ruas 17th e 18th que proporcionará ao visitante acesso aos lobbies residenciais e um espaço para desembarque de veículos no meio do jardim do pátio interior. O hotel será acessado pela rua 18th, adjacente ao High Line. O projeto também inclui estacionamento subterrâneo, cinco andares comerciais e vários outros com espaço de varejo na fachada abaixo do High Line, de frente a uma praça pública, ao longo da Avenida 10th.
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Abaixo o programa construtivo e conceito do projeto
Bjarke Ingels foi ganhador de inúmeros prêmios como o Leão de Ouro na Bienal de Veneza em 2004 e o Danish Crown Prince’s Culture Prize em 2011 entre outros. Trabalhou no Oma, foi cofundador do PLOT arquitetos em 2001 e em 2005 criou o BIG Bjarke Ingels Group. Em 2016 a revista TIME, nomeou Bjarke como uma das 100 pessoas mais influentes no mundo.
Com sua prática arquitetônica, Bjarke ensinou na Universidade de Harvard, na Universidade de Yale, na Universidade de Columbia e na Universidade de Rice. Atualmente é professor honorário na Academia Real de Artes da Escola de Arquitetura de Copenhague.
Bjarke é um palestrante frequente e falou em locais como TED, WIRED, AMCHAM, 10 Downing Street, e no Fórum Econômico Mundial.
Além da base em Copenhagen, atualmente tem escritório em Nova York e China.
Como ninguém brilha sozinho, o time do Big é liderado atualmente por 12 sócios. Bjarke Ingels, Sheela Maini Søgaard, Finn Nørkjær, Thomas Christoffersen, Kai-Uwe Bergmann, Andreas Klok Pedersen, David Zahle, Jakob Lange, Beat Schenk, Daniel Sundlin, Brian Yang and Jakob Sand.
Além deles, BIG nomeou 8 associados no escritório BIG NYC. Agustin Perez-Torres, Christopher White, Jakob Henke, Leon Rost, Doug Stechschulte, Martin Voelkle, Ziad Shehab, Sören Grünert e 6 associados no BIG China, including Cat Huang, Frederik Lyng, Gabrielle Nadeau, Hanna Johansson, João Albuquerque, Ole Elkjær-Larsen.
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referências
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